Processo construtivo de peças especiais
Tês
A alma de aço e armaduras são colocadas em posição vertical, e são betonadas com o auxílio de um molde fixo, formando-se assim o núcleo do tubo. Na parede deste núcleo é deixado um negativo constituído por esferovite e travado entre os dois moldes (exterior e interior). O diâmetro deste negativo deverá ter a medida do diâmetro exterior do ramal acrescido de 400mm, de forma a simplificar a acoplagem da chapa e amarrações da armadura do ramal ao núcleo.
O núcleo permanecerá, na posição vertical até o betão atingir a resistência mínima necessária que permita o seu deslocamento, para que se possa proceder ao seguinte passo, o fabrico do ramal.
Este ramal deverá ter secção de formato circular e será betonado quando o núcleo do tubo se encontre em posição horizontal. Esta betonagem será executada com recurso a betão projectado apenas na parede exterior do ramal, visto que este não possui recobrimento interior. Na figura abaixo pode-se verificar a divisão efectuada nas fases de betonagem.
A terminação do ramal, será sempre composta por uma falange. Relativamente ao acabamento, estas peças especiais passam exactamente pelos mesmos processos que se executam num tubo normal, já descritos anteriormente, com a adição de levar uma protecção de tinta de base epóxida na chapa do ramal para protecção de futuras corrosões.
Na finalização dos tubos em Tê, estes são novamente inspeccionados macroscopicamente, a fim de descobrir possíveis falhas na concepção ou aberturas de fendas por fissuração do betão.
Curvas
A alma de aço das curvas, ao contrário dos tubos convencionais, é executada por intermédio de virolas soldadas entre elas e acopladas seguidamente às boquilhas por cordões de soldadura executados manualmente. Os perímetros destas virolas são de dimensão variável, e sempre controlados por um funcionário a fim de evitar desvios no ângulo desejado.
A armadura das curvas é também executada manualmente devido as limitações impostas por a máquina de armaduras. O aço é adquirido em bobines, tendo já por si, um formado em espiral quando libertado da sua posição original. Facilitando assim o seu posicionamento por intermédio de soldadura nas directrizes que foram já previamente calandradas com curvaturas variáveis, segundo o ângulo da curva desejada.
Depois de se posicionar ambas peças na vertical, estas são soldadas entre elas, com espaçadores metálicos para conferir rigidez ao conjunto.
Seguidamente o conjunto (alma de aço e armadura), é posicionado de forma a que a boquilha macho esteja horizontal, com o objectivo de um perfeito nivelamento do betão, e conformado por intermédio de dois centradores reforçados, um inferior e um superior, a fim de evitar ovalizações nas boquilhas.
As cofragens são constituídas por placas de platex apertadas com cintas têxteis, pelo lado exterior, e escoradas pelo lado interior por intermédio de esticadores de aço reguláveis. O recobrimento entre a armadura e a superfície da peça é assegurado por espaçadores plásticos de 40 mm.
Segue-se a betonagem da peça que é executada de forma simultânea nas duas faces da peça.
Relativamente ao acabamento, estas peças especiais passam exactamente pelos mesmos processos que se executam num tubo normal, já descritos anteriormente. Na finalização das curvas, estas são novamente inspeccionados macroscopicamente, a fim de descobrir possíveis falhas na concepção ou aberturas de fendas por fissuração do betão.
Cones
Tal como os tubos em curva, os tubos em cone, são executados por intermédio da soldadura de várias virolas entre si, até se perfazer o comprimento desejado, e depois acopladas as respectivas boquilhas, tudo por processo manual. Devido ao formato de cone destas peças, é impossível executar-se o teste hidráulico em fábrica, para compensar tal facto o ensaio de líquidos penetrantes é reforçado e as soldaduras passam por um duplo controlo, de forma a evitar-se qualquer porosidade. O ângulo de fecho destes cones é baseado nas indicações fornecidas pela A.F.T.H.A.P., como se explica na imagem abaixo.
A armadura é executada de forma análoga ao processo dos tubos em curva sendo feitas à mão e soldadas à chapa com o objectivo de conferir rigidez ao conjunto.
Estas peças são posicionadas na vertical, são colocados centradores (superior e inferior) que tem acção conformadora e são cofradas com placas de platex. O espaçamento quer interior, quer exterior é feito com o auxilio de espaçadores plásticos.
Segue-se a betonagem da peça que é executada de forma simultânea nas duas faces da peça.
Relativamente ao acabamento, estas peças especiais passam exactamente pelos mesmos processos que se executam num tubo normal, já descritos anteriormente. Na finalização das curvas, estas são novamente inspeccionados macroscopicamente, a fim de descobrir possíveis falhas na concepção ou aberturas de fendas por fissuração do betão.